O estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) analisa o impacto da expansão do saneamento básico no desenvolvimento socioeconômico brasileiro. A pesquisa destaca que a ampliação do acesso a serviços de água tratada e esgotamento sanitário pode melhorar significativamente a qualidade de vida, saúde pública e produtividade da população. O relatório aponta que, apesar dos avanços, uma grande parcela da população ainda não tem acesso adequado a esses serviços essenciais.
Dados revelam que 83,7% da população brasileira tem acesso ao abastecimento de água, mas apenas 54,1% têm acesso à rede de esgoto, e entre esses, 78,5% têm o esgoto tratado. Isso significa que 99,1 milhões de brasileiros não possuem serviços de coleta de esgoto e 34,7 milhões não têm acesso à água tratada. A pesquisa também enfatiza a importância de investimentos e políticas públicas eficazes para alcançar a universalização do saneamento até 2033, conforme estabelecido pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab).
A FGV destaca que uma governança eficiente e a entrada de capital privado são cruciais para melhorar a infraestrutura de saneamento no país. A plataforma FGV DATASAN, por exemplo, oferece uma visão abrangente dos indicadores de saneamento, permitindo uma análise detalhada por estado e município, e fornecendo suporte à tomada de decisões e à transparência das ações das empresas e órgãos reguladores do setor.
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